quinta-feira, 15 de novembro de 2012


Sociedade calçada
O moço anuncia,
Lá vem o palhaço!
O povo grita e aplaude!
Eu entro descalço.
Ouço a melodia do silêncio,
Porém seus pensamentos gritam!
“Um palhaço descalço? Como pode? Que horror! Estou ofendida...”
Ignoro os pensamentos e começo o show,
Vinte minutos e ninguém ri,
Ninguém fala, ninguém pisca.
O choque de ver um palhaço descalço os hipnotiza,
Foge do padrão da normalidade
Silêncio, pesamento...
“Como pode? Isso não é um palhaço, é um homem normal! Vejamos pés dele! Cinco dedos para fora, hora bolas eu vim aqui ver um palhaço e não um homem

Vestido de palhaço, vou pedir meu dinheiro de volta!”
Faço meu número especial, uma criança se levanta,
                          Aplaude e ri! Um revolucuionário?
NÃO!
         Entrou outro palhaço, agora calçado, todos levantam e aplaudem... Finalmente um palhaço calçado!
Um
                      palhaço
                                     de
                                          ver
                                                da
                                                      de
                                                              .
                                                                  .   
                                                                       .

quinta-feira, 8 de novembro de 2012


Barragem pelo fim da alma

O que eu sou pra você?
Como me enxergas?
O que ouves de mim?
A resposta? Eu tenho!
Duas para cada uma das perguntas,
As mesmas duas para todas elas,
Queres saber a respostas?
Pois bem!
Primeira resposta:
Quando não tem ninguém ao seu lado eu sirvo,
Sou aquela pessoa que lhe faz rir,
Que “brinca” contigo, te distrai,
Sendo apenas o que sou,
Lhe dando aquilo que posso te dar,
Te amando mais do que devo amar!
Segunda resposta:
Quando tem alguém contigo não sou nada,
Apenas um mosquito, zunindo no seu ouvido,
Lhe irritando ao ponto de você sair para não matar o inseto que você precisara mais tarde,
Quando estiver só!
É isso!
Se eu fui exagerado?
Para vocês que estão de fora, sim! Fui!
Mas pra mim que ama isso foi pouco,
Pois hoje morri, fui quebrado em cacos,
Foi muita dor para digerir em apenas um momento,
Por isso ainda dói na mesma intensidade,
Pois mesmo já morto sinto a dor,
E vou voltar,
E em meio ao sangue que eu coração derrama nascerá uma barragem de pedra que por fim,
Não será nada além de um assento para a pessoa que o criou!


domingo, 30 de setembro de 2012

Revolta de um coração (Reformado)


Revolta de um coração


Estúpido como sempre eu acreditei,
Inocente, dócil, sensível,
E tudo se acabou,
Como morrem os peixes quando seca o rio,
O amor secou!
Só tenho uma coisa para lhe dizer!
Que miserável você,
Não me enxerga mais,
Nem sequer fala comigo.
Pobres humanos,
Raça que só pensa em si!
E pisa nos outros,
Como tu pisas em mim.
Desejo-lhe muita dor,
Quero que se quebre em mil!
Como pode ser tão cruel?
Como és tão frio?
Achas que minha vida é um circo?
Onde você é a plateia e eu sou o palhaço?
Saiba que a sua graça é a minha desgraça!
E o coração aqui sofre, chora e tudo mais,
Mas eu sou forte!
E estou aqui por um motivo,
Motivo este que antes era lhe fazer feliz,
Mas hoje, agora!
Quero lhe fazer sofrer,
Chorar as mesmas lágrimas de sangue que brotaram di mim,
Todas em seu nome!
Então vamos, ouçam a sinfonia dos anjos,
Os acordes dos deuses!
E se prepare!
Por que o palhaço aqui cansou!
E agora quer ver a plateia fazer graça!

domingo, 16 de setembro de 2012


Não te amar

Os cacos se juntam novamente,
E refazem algo que até o momento eu achava impossível,
Um novo sentimento se abrasa em meu peito,
Uma loucura incomparável,
Uma força descomunal,
Que quebra paredes, portas, portais!
Que estaciona no limite da minha alma,
Todos os seis sentidos se espremem em uma palavra...
Tudo que minha aura expele é amor por você,
As estrelas perderam o formato,
Perderam a cor,
A lua sumiu da linda noite,
Pois a única coisa que brilha no céu é o seu lindo rosto.
Está tudo prezo, sufocado aqui!
Dormindo e acordando com sua face em minha mente,
Na expectativa de um dia,
Por sua vontade, meus lábios tocarem os seus,
Eu fico aqui, te esperando,
Muito tímido para falar qualquer coisa,
Mas corajoso para lhe olhar nos olhos e lhe chamar de amigo...
Ou covarde para não lhe dizer que te amo,
Mas, como posso despejar todo esse amor em você?
Se ele sufoca a mim mesmo?
Imagine o que te faria tanto sentimento?
Por isso, como o próximo ponto final,
Eu dou um fim a essa paixão!
Criando em minha mente,
A ilusão de não te amar.

domingo, 13 de maio de 2012

A sapatilha da bailarina.



A sapatilha da bailarina. (Patric Uallans)

Carta para Júlia.

                Olá filha, aqui é a mamãe!  Não sei se ainda se lembra de mim como antes, afinal vinte anos não é pouco tempo! Venho lhe observando por muito tempo, você se tornou o anjo que eu sempre sonhei a filha que toda mãe pediria a Deus. Estou grata por cuidar do papai, ele já está velhinho para se cuidar sozinho. Filha eu te amo! Nunca lhe esqueci, pois quando você nasceu eu não existia mais, era somente você. Agora, é claro que eu entendo a vida de outro jeito, estou indo lhe buscar amanhã minha pequena! Temos muitos lugares para visitar, sua tia Jane não ver a hora de te abraçar novamente. Fique com Deus!

Dênise Braga 1994

Júlia seis anos de idade.

                Eu nasci pequenininha do tamanho de um tatu! A mamãe gritava muito, acho que ela sentia muita dor, é! Muita mesmo! Mas ela tava gostando tanto de mim que não se importava com a dor, ela só queria saber se eu tava bem, eu lembro que o médico me tirou da mamãe. Eu tava dormindo! Foi! Dormindo! E mamãe chorava muito, então veio tia Carla e disse pra mim que eu era aquela menininha ali e que era pra eu entrar naquele corpinho, assim a mamãe ficaria feliz! E eu entrei! Quando eu entrei  já era outra pessoa, você acredita? Fooi! O meu nome agora era Júlia, e mamãe era Dênise. Mamãe Dênise me disse que eu era uma menina muito especial, por que eu tinha uma manchinha no braço em forma de coração, eu amava minha manchinha, que ela fazia todo mundo gostar de mim. Ah na escola eu tinha um monte de amiguinhos! É! Tinha o Matheus, o Pedro, a Barbara, a Cátia, o Gilberto e mais um monte! Minha vida era tão legal! Eu lembro mamãe sempre fazia sopa de letrinha, ela falava que não tinha dinheiro para comprar as consoantes, então agente só comia as vogais. Eu lembro que no meu aniversário ela fez uma surpresa pra mim, ela chegou em casa e disse que tinha esquecido que era meu aniversário e eu comecei a chorar, ela pediu pra eu parar de chorar e ir buscar as coisas que ela tinha catado lá fora. Eu fui chorando, era meu aniversário de seis anos e minha mãe não tinha se lembrado, lá tinha uma sacola preta, eu trouxe para dentro de casa e deixei na porta, eu queria saber o que era que tinha na sacola, mas eu tava muito triste com a mamãe. Quando eu passei na cozinha eu tomei um susto! Tinha uma linda festa pra mim!  Mamãe soprou três balões, um rosa, um azul e um vermelho e grudou na parede.  Quando eu vi na mesa, tinha uma fatia de bolo de milho, que era o meu preferido, com uma vela no meio, e tinha até suco! Que dia de suco era só domingo! E ainda era quarta mamãe parecia estar tão feliz, e agente comeu nossa fatia de bolo. Depois ela pegou a sacola preta e trouxe para a cozinha, e ela tirou de dentro dela um par de sapatilhas, iguais as das bailarinas dos filmes, eu pulei um monte de alegria, ela calçou em mim e me abraçou, era muito linda, eu perguntei onde ela conseguiu tanto dinheiro, ela disse que tinha catado umas latas a mais e que não era pra eu me preocupar com isso. Fui dormir, eu deitei no meu papelão muito feliz e apaguei a vela, agradeci papai do céu pelo dinheiro que ele deu pra mamãe e pedi pra ele dar mais pra ela não chorar toda noite, pra mim não precisava que eu já era feliz com ela comigo. Eu agora era a bailarina! E ficava todo dia na frente da loja da televisão torcendo pra passar musica pra eu dançar.
               

Um dia mamãe chegou em casa chorando, eu perguntei o que era que ela tinha, mas ela só chorava. Depois de um tempinho ela ajoelhou na minha frente pegou nos meus ombros e falou: “Filha, você sabe que a mamãe te ama não é?  ‘eu balancei a cabeça que sim’ “Então filha, a mamãe ta doente linda, ela ta com um carocinho na cabeça, ela vai ter que viajar ta bom filha? ‘Pra onde você vai mamãe? Me leva?’ “A mamãe não pode filha, a mamãe vai pra bem longe! Ela vai ver todo mundo lá ‘Até o papai?’ “Até o papai minha princesinha, a mamãe promete lhe buscar um dia! ‘Não mamãe, por favor, fica! Eu prometo não dar mais trabalho! E se for por causa do dinheiro, eu vendo minha sapatilha! Você não gosta mais de mim não mamãe?’ “Filha não diga isso, a mamãe te ama! Mas eu, por mais que deseje, eu não posso minha linda, eu to dodói vou ter que ir. Mas não se preocupe que tia Marli vai cuidar de você ta bom? ’Mas você volta não é mamãe?’ “ Sim minha filha, eu volto! Agora vamos arrumar uma sacolinha para por suas roupas!”.
Depois de alguns dias de mamãe ter viajado tia Marli me levou em um lugar onde tinha uma caixa bem grande, é! Bem grande mesmo, com uma moça dentro que parecia a mamãe,uns moços pegaram a caixa e jogaram dentro de um buraco, eu fiquei com medo, mas agente saiu rápido, queria chegar logo em casa para ver se mamãe tinha voltado!
Agora eu cresci, tenho 26 anos e sou uma bailarina profissional, estou indo para minha primeira apresentação no meu novo grupo, que barulho foi esse? Que luz é essa? Mamãe?!

Carta de Dênise para Julia.

Sinto muito minha filha, mas teve que ser assim, eu vim lhe buscar!

No dia seguinte foram encontrados pedaços do corpo de Julia nos escombros da obra que desabou por motivos desconhecidos, a única coisa que restou foi um pra de sapatilhas velhas.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Revolta de um coração

Que miserável você!
Não me enxerga mais,
Nem se quer fala comigo,
Pobres humanos,
Raça que só pensa em si,
E pisa nos outros,
Como tu pisas em mim,
Desejo-lhe muita dor,
Quero que se quebre em mil,
Como podes ser tão cruel?
Como és tão frio?
Achas que minha vida é um circo?
Onde você é a platéia,
E eu o palhaço?
Saiba que sua graça é a minha desgraça,
E esse palhaço aqui tem sentimentos,
Saiba também que isso acaba,
Pois o coração sofre, chora e tudo mais...
Mas ele é forte!
E está neste mundo por um motivo,
Motivo que tempos atrás era te fazer feliz,
Mas hoje, agora, ele quer-te ver sofrer,
Sangrar o que ele sangrou,
Pois isso te fará bem,
Te fará mais humano,
Sei que apenas com a...
Revolta de um coração
Você não acordarás,
Mas saiba que o palhaço cansou,
E agora...
Quer ver a platéia fazer grassa.

sábado, 17 de dezembro de 2011

Perdido no bosque

Perdido no bosque

O cheiro da grama enchia minhas narinas,
O vento soprava fria e impiedosamente,
A noite sombria ia caindo mais uma vez,
Agora sem sol algum,
A escuridão tomou conta do lugar,
As árvores balançam lentamente,
E eu sozinho, perdido,
No bosque da solidão.
Gritei ate rasgar a garganta,
Cuspi! Não sei se era sangue,
Ou minha alma que escorria pela minha boca,
Ela pedia bruscamente por companhia,
Naquele momento eu era a única pessoa no mundo,
Implorei para que isso acabace,
Meu corpo congelava, fazia muito frio.
Continuei a implorar!
Quando finalmente vi uma luz,
Que refletia através das árvores,
Ela era quente,
Eu me aproximei lentamente,
Passo a passo a luz se aproximou,
Até que ficamos próximos,
Pedi para que me levasse,
Queria sair dali!
A luz, branca como o luar,
Atendeu meu pedido
Meu coração se acalmou,
Cada vez mais e mais,
Eu cai na grama molhada pelo sereno,
Minha alma sorria vagarosamente...
Eu morri!
Finalmente sai do Bosque da Solidão.
Mas eu estava morto,
E ao conhecer a morte...
Percebi que a solidão não era tão ruim.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Delírios de uma louca

Em suma me apresento:
Olivia Costa sua criada!
Criada? Como assim?
Já estas me fazendo de louca novamente?
Me arrancando a lucidez!
O que achas de mim?
Quem achas que sou?
Mais umas destas que levastes pra cama?
Não sou uma vadia desmerecida!
Passageira em sua vida.
Achas que não me vem um sonho?
Achas que por que sou louca não posso amar?
O que é loucura?
O que é amar?
Dar a vida por alguém não é loucura?
Mas também não é amar?
Se isso é loucura então eu amo!
Mas cadê? Quem? O que é o amor?
Meu lingerie
vermelho e preto,
Traça meu corpo branco,
Em meio a lençóis e uma cortina vermelha,
Meu cabelo laranja te enlouquece?
Então não sou eu a louca aqui!
Que estardalhaço de vida!
Mas, e daí?
O que posso dizer?
Afinal, tudo!
Sou louca! Quem liga?
Pressuponho que cansastes de mim!
Não lhe interrompo mais,
Sou boa no que faço,
Mas sei que isso não basta,
Você gosta de ver um show não é?
Pois bem, seu palhaço,
Agora fique ai nos...
Delírios de uma louca,
Que não quero mais ser a outra,
Vou despojar-me na cama com outro,
E te deixarei com as mãos para companhia,
Espere! Seu irmão está vindo!
É casado!
Olivia costa, sua criada!
Te acompanharei com alegria.




sexta-feira, 12 de agosto de 2011

O lamento dos três

Éramos somente eu e você,
Lembro-me de cada palavra,
Cada gesto, cada troca de carinho,
Nosso amor era como uma brisa de verão,
Sua voz como o canto de um pássaro,
Seu olhar como uma vela em meio à escuridão,
Ele me guiava, e nele eu me perdia,
Era como se fosse minha força vital,
O único motivo para essa alma habitar este corpo,
Eu te amava,
E esse amor me fazia lhe endeusar,
Nada me impressionava mais do que sua bela face,
Que me fazia viajar em lindos sonhos todas as noites,
Era tudo que eu sonhei,
Até que chegou ele,
O maldito que lhe roubou de mim,
Lhe prometendo mais amor,
Iludindo seu pobre coração que não sabia mais por quem bater,
Fui largado, o pássaro que eu ouvia em sua voz desafinou,
A vela que era seu olhar se apagou,
Minha força vital que era você se esgotou,
O motivo que era para minha alma ficar em meu corpo não mais existia,
E ela se foi,
Só sobrou meu corpo,
Mas eu ainda te amava muito e resolvi lutar,
Corri para sua casa,
Iria reconquistar seu coração!
Não agüentava de ansiedade para te ver,
E falar que te amo.
Mas, quando eu chego estão você e a pessoa que lhe roubou de mim,
Se beijando,
Aquilo foi muito pra mim,
Uma sobra tomou conta da minha alma,
E a levou como um pássaro negro,
Sabia qual era meu destino,
Sai correndo sem olhar para traz,
Você tinha me visto e veio atrás de mim,
Eu estava correndo sem parar ate que cai,
Mas eu tinha tropeçado na linha do trem que vinha em minha direção,
Como uma bala de um revolver,
Quando olhei para traz estavam vocês dois gritando pra eu sair de lá,
Mas era tarde demais,
Nesse momento sentir o lamento dos três,
O da pessoa que lhe roubou de mim por estar lá,
O do meu amor por descobrir que me amava, só que era tarde demais,
E o meu por amar,
O trem passou por cima de mim,
Quebrando, destroçando cada pedaço do meu corpo,
E depois do trem passar uma única parte do meu corpo estava inteira...
Essa parte foi o meu coração, que ainda batia por você.




sexta-feira, 29 de julho de 2011

Espírito apaixonado

Navegando no sombrio navio,
Eu repouso na margem do rio,
Me acarento ao suspiro do mar,
Meus olhos que só sabem chorar,
Na loucura de um turvo amor,
Sensibilizo-me a sua súbita dor,
Guardando isso tudo dentro de mim,
Na condição de um herói,
Não me importo de satisfaz ou dói,
Só quero te proteger,
Do monstro que irá nascer,
Que o perigo será imortal,
O humano vira animal,
Com fúria, sem nada a temer,
Iremos atrás de você,
Concateno-me ao soluço,
Desvio-me o impulso,
Gosto de sentir chorar,
Sem não, de modo algum desanimar,
Com esse modo de vida,
Minha nascente querida,
Continuo a navegar,
Pelo acalanto do mar,
Onde ninguém pode me ver,
E a morte me traz o sopro do viver...

terça-feira, 14 de junho de 2011

Dolorosa sensação.


Sentir se resume em que?
Qual a finalidade de amar alguém?
Se o amor é tão bom,
Se o amor é tão puro.
Por que machuca assim?
Fim é uma palavra dolorosa.
Talvez o pior inimigo do amor,
Mas não existe fim no amor,
Pois o fim representa o começo...
Começo da dor, do sofrimento,
O começo do fim.
É uma morte lenta e dolorosa,
Uma viagem que vasculha cada pedaçinho da sua mente.
Tudo o que você constrói,
O fim destrói,
Fazendo alegrias virarem tristezas,
Sonhos virarem pesadelos,
Vontade de viver em vontade de morrer,
Não sei se a alegria causada pelo amor,
Compensa a dor trazida com o seu fim,
Pois quanto mais feliz você era,
Mais dolorosa será a sensação.
E qual a cura para isso?
Um novo amor, uma nova dor,
O suicídio!

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Te amo!

Que sombra é essa que me envolve?
Por que isso me corrói?
Como tanta alegria se transformara em dor?
Duas almas, dois corpos, um amor!
Subitamente isso me machuca,
Impiedosamente isso me destrói,
Suplicadamente quero que pare,
Essa dor, esse amor, que sangra e dói.
Explosão de mal estar,
Desânimo pra viver,
Esse peso no meu coração que não consegue te esquecer,
O amor se transformou em uma sina,
Como essas palavras viram rima.
A cada dia mais e mais ele me destrói,
Uma alma que sangra,
Um veneno que mata,
Uma pessoa que ama!
Fruto de carinho e afeição,
Nasce essa ardente paixão,
Mas ao invés de ser bom,
Ao invés de me fazer feliz,
Ao invés de me ajudar a viver,
Ela me mata, machuca, e faz sofrer.
E dentro de tanto amor,
Por esse colapso de dor,
Sou feliz por viver.
Pois mesmo sem te ter,
Sou feliz em dizer,
Amar é humano,
E por conseqüência...
Te amo!

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Morte!?

O que é morrer?
É dormir e não mais acordar?
Sonhar eternamente?
É ir para o céu? Inferno? Purgatório?
É nascer de novo?
Quem sabe?
Morte, uma filosofia, um enigma, uma charada.
Ser atirado a um rio de larva?
A um jardim belo e infinito?
Renascer como rei? Escravo? Feiticeiro?
Ver Deus? Jesus?
Encarar o Demônio?
Vagar pela Terra sem rumo?
Ir para a luz no fim do túnel?
Afinal pra que saber?
Se todos irão morrer!

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Diário da morte

Era uma quarta feira,
Estava tudo parado ali,
Fui buscar uma garota,
Ela tinha 20 anos,
Era linda, cabelos negros como a mais escura das noites,
Olhos verdes e brilhantes como uma Jade,
Pele branca semelhante as nuvens do céu,
Nunca tinha visto garota assim,
Ela era diferente dos outros humanos,
Parecia um anjo do meu senhor,
A mais bela de todo reino,
"Por que ele quer leva-la agora?"
Pensei comigo mesmo.
Mas era uma ordem dele,
Não podia desobedecer,
Imaginei um jeito de leva-la sem deformar seu lindo corpo,
Pensei em levar a linda garota fazendo seu coração explodir,
Mas eu não consegui,
Tinha uma coisa muito forte,
Mais forte que eu e habitava aquele coração,
Nunca tinha visto coisa maior, mais surpreendente,
Era um amor,
Mas um amor semelhante ao do meu senhor com seus filhos,
Ela não podia ser humana!
"Como um humano pode amar assim?"
Me perguntei varias vezes.
Eu... Eu não posso levar essa garota,
E pela primeira vez, eu a morte desobedeci meu senhor,
E fui buscar outra pessoa,
Dessa vez era um rapaz,
Ele estava atravessando a rua e eu o levei.
Mas eu senti que tinha algo errado ali,
Mas já era tarde de mais.
Meu senhor tinha me perdoado pelo que fiz,
Mas ele disse que não iria adiantar de nada,
Eu perguntei o por que?
Mas ele não respondera,
No entanto a resposta veio no dia seguinte.
A linda garota dos olhos de Jade veio ao meu encontro,
Por livre e espontânea vontade,
E eu entendi,
O garoto que eu levei na noite anterior era o dono de todo aquele amor,
E ela veio a mim para ficar ao seu lado.
E eles foram o casal mais feliz e bonito que habitou o reino dos céus.
Quarta feira 27-07/1981.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Crepúsculo

Mais uma pagina,
De uma vida sem rumo,
O crepúsculo traz o amanhecer,
Que me faz refletir,
O que estou fazendo aqui?
Sem obter resposta alguma,
Me faço outra pergunta de imediato,
Para onde eu vou?
Novamente nada de resposta
Olho para a lua e me respondo,
Estou fazendo a minha parte!
E vou para onde o tempo me levar.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Lagrima de sangue

Senti um frio,
Em minha alma,
Que arrepiou meu coração,
Caia em um buraco,
Sem fundo, sem cor,
A gota caia sem rumo,
Deixando um rastro de sangue,
Manchando o meu rosto,
Motivo dessa lágrima?
A execução de um amor!

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Maldição do farol

Esse vídeo mistura terror com amor... Para quem gosta de historias que misturam um pouco de ficção, este vídeo e uma boa opção!

http://www.youtube.com/watch?v=9w7vRosrRdQ

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Filosofia de vida, encontro da morte!

Morri! Tudo acabou!
Eu estava a sua procura,
Mas não há encontrava,
Não atendia o celular,
Não queria me escutar!
Sai muito apresado,
Atravessei sem olhar,
Ouvi uma buzina,
Olhei para o lado,
Uma luz me segou os olhos,
Fui arrastado, empurrado, esmagado!
Ainda me lembro das últimas frases que ouvi,
“Eu não te amo!” “Me esqueça!”
E ao tentar me reconciliar,
E ao lutar por um amor,
Que talvez não mais existisse,
Eu fui estraçalhado por um ônibus,
E agora? Acabou?
Sim! É o fim! Não tem volta,
Nem um amor vai m trazer novamente a vida,
Pois cheguei ao limite,
O fim extremo,
O destino de todo e qualquer ser vivo,
Tudo isso por um desentendimento,
Uma frustração de minha mente!
E foi chegada a minha hora,
“Garoto de 17 ano morre atropelado”
Contavam os jornais,
Mas eu vivi!
Vivia cada dia como se não houvesse um próximo,
Era feliz com meu amor,
Sorri, chorei, brinquei,
Fui criança para empinar pipa,
Fui bebê pra minha mãe me ninar,
Adolescente para ter espinhas,
Fui humano para amar,
E após isso eu...
Morri! Tudo acabou!







Prova de amor

http://www.youtube.com/watch?v=GqoCWzTDa

Esse video passa a vida um belo casal muito apaixonado, que na hora do desespero o parceiro luta contra a morte para salvar a amada, e para recompensar ela o espera ate ele... Vejam , muito bom. Obrigado!