sábado, 17 de dezembro de 2011

Perdido no bosque

Perdido no bosque

O cheiro da grama enchia minhas narinas,
O vento soprava fria e impiedosamente,
A noite sombria ia caindo mais uma vez,
Agora sem sol algum,
A escuridão tomou conta do lugar,
As árvores balançam lentamente,
E eu sozinho, perdido,
No bosque da solidão.
Gritei ate rasgar a garganta,
Cuspi! Não sei se era sangue,
Ou minha alma que escorria pela minha boca,
Ela pedia bruscamente por companhia,
Naquele momento eu era a única pessoa no mundo,
Implorei para que isso acabace,
Meu corpo congelava, fazia muito frio.
Continuei a implorar!
Quando finalmente vi uma luz,
Que refletia através das árvores,
Ela era quente,
Eu me aproximei lentamente,
Passo a passo a luz se aproximou,
Até que ficamos próximos,
Pedi para que me levasse,
Queria sair dali!
A luz, branca como o luar,
Atendeu meu pedido
Meu coração se acalmou,
Cada vez mais e mais,
Eu cai na grama molhada pelo sereno,
Minha alma sorria vagarosamente...
Eu morri!
Finalmente sai do Bosque da Solidão.
Mas eu estava morto,
E ao conhecer a morte...
Percebi que a solidão não era tão ruim.

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